sábado, 30 de março de 2013



Para Santo Agostinho, a ordem justa terrena não se coaduna com o apetite pelo domínio [AGOSTINHO, Santo. A cidade de Deus [contra os pagãos], Parte II, p. 406], com as paixões humanas e com a cobiça, principalmente em detrimento dos pobres [Parte I, p. 208]. Ao contrário, preconiza que deva haver a prática da caridade entre os indivíduos e entre governantes e governados [Parte II, p. 169]. As riquezas, assim, devem ser distribuídas de acordo com as necessidades de cada um. Ao lado da contemplação em busca da verdade divina, cada um deve partir para a ação e ser útil ao próximo. Tal é corolário do ensinamento cristão que manda amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Daí decorre que não se deve fazer mal a ninguém e o bem, a quem se possa. Este modo de proceder, por sua vez, é que resulta na concórdia entre os seres humanos, seja entre homens e mulheres, pais e filhos, patrões e criados, governantes e governados (JUNKES, 2009, p. 27).

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