Mas o extremo excesso de liberdade,
meu amigo, que aparece num Estado desses, é quando homens e mulheres comprados
não são em nada menos livres do que os compradores. [...] Sobrevém a mesma
enfermidade que na oligarquia, e que a deitava a perder; nascendo, aqui, também,
da liberdade de fazer tudo, torna-se mais amplo e mais forte, até reduzir a democracia
à escravatura. É que, na realidade, o excesso costuma ser correspondido por uma
mudança radical, no sentido oposto, quer nas estações, quer nas plantas, quer
nos corpos, e não menos nos Estados.
(PLATÃO, 2000, p. 261).
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