sábado, 30 de março de 2013



Realmente, a condição de servidão, compreende-se, foi justamente imposta ao pecador. [...] A verdade é que mesmo essa escravidão, que é fruto do pecado, encontra o seu lugar na ordem por essa lei que ordena se conserve a lei natural e proíbe que a perturbem – porque, se nada se tivesse feito contra essa lei, nada teria havido a castigar com a pena da servidão. Por isso é que o Apóstolo recomenda mesmo aos escravos que se submetam aos seus senhores e que de bom coração e com boa vontade os sirvam. Desta forma, se não podem libertar-se dos seus senhores, poderão de certo modo tornar livre a sua servidão, obedecendo com afectuosa fidelidade e não com temor hipócrita, até que a injustiça passe e se aniquile toda a soberania e todo o poderio humano e Deus seja tudo em todos [I Corínt., XV, 28]. (AGOSTINHO, 2000, p. 1923-1925).

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