Realmente, a
condição de servidão, compreende-se, foi justamente
imposta ao pecador. [...] A verdade é que mesmo essa
escravidão, que é fruto do pecado, encontra o seu lugar na ordem por essa lei
que ordena se conserve a lei natural e proíbe que a perturbem – porque, se nada
se tivesse feito contra essa lei, nada teria havido a castigar com a pena da
servidão. Por isso é que o Apóstolo recomenda mesmo aos escravos que se submetam
aos seus senhores e que de bom coração e com boa vontade os sirvam. Desta
forma, se não podem libertar-se dos seus senhores, poderão de certo modo tornar
livre a sua servidão, obedecendo com afectuosa fidelidade e não com temor
hipócrita, até que a injustiça passe e se aniquile toda a soberania e todo o
poderio humano e Deus seja tudo em todos [I Corínt., XV, 28]. (AGOSTINHO, 2000, p. 1923-1925).
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